Desde julho os bancários negociam com os representantes dos bancos um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) pelo período dos próximos dois anos. O Sindicato dos Bancários de NH e Região já realizou seis manifestações em frente aos bancos de Novo Hamburgo, conscientizando a categoria e a população sobre as irregularidades sofridas pelos trabalhadores dos bancos.
Na manhã desta segunda-feira, dia 26 de agosto, os SindiBancários de NH e Porto Alegre se mobilizaram para fechar as portas do SX Negócios, empresa do Santander que “terceiriza” o trabalho bancário, pagando muito menos a seus empregados e retirando os direitos direitos.
Com faixas e panfletos, os sindicatos realizaram a conscientização dos empregados da SX, chamados pela empresa de “telemarketing”. “O Santander criou uma empresa para realizar o serviço bancário sem precisar pagar bancários. Isso é uma fraude trabalhista sem precedentes na história do país. Os bancos acham que podem tudo, que estão acima da lei”, criticou o presidente do SindiBancários NH, Everson Gross.
Em um comparativo, os atendentes de telemarketing do Santander trabalham 44 horas semanais, enquanto os bancários, que realizam o mesmo serviço, trabalham 30 horas. A jornada de um bancário é de 6h diárias, de segunda a sexta, enquanto os atendentes trabalham em escada 12×36, inclusive aos finais de semana.
Quando o assunto é remuneração e direitos, os dados são ainda mais alarmantes. Confira a tabela:
O presidente Everson destacou que a negociação com os bancos encerra no final de agosto. “Já estamos há 2 meses nas frente das agências, conversando com a categoria, com a população. Muita gente acha que o trabalho bancário é fácil, confortável. O que a população não sabe é que, depois dos professores, é a categoria de trabalhadores que mais adoece em função dos assédios e abusos praticados dentro das agências. Nossa campanha nacional está acontecendo em todo o Brasil, não só aqui na SX ou na frente das agências. E não aceitaremos que os bancos, as empresas que mais lucram com o sofrimento do povo e do trabalhador, tirem direitos e a dignidade dos seus empregados”, pontuou Everson.