Os acordos e Convenções Coletivas de Trabalho valem para toda uma determinada categoria, então tanto faz ser sindicalizado ou não. Não é bem assim. Existe sim diferença, e é melhor para quem é sindicalizado, revela estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Por meio de uma simples comparação das médias das remunerações diretas (referentes a setembro de 2015), é possível encontrar uma diferença entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados. De acordo com o estudo, essa diferença equivale a R$ 562,28, em termos absolutos, em favor dos sindicalizados, ou 33,5%, em termos relativos.
De acordo com o estudo, em setembro de 2015 os trabalhadores sindicalizados ganhavam em média entre R$ 2.157,17 e R$ 2.318,55. Em comparação, os não sindicalizados recebiam a média de R$ 1.642,48 a R$ 1.708,87.
Quanto às remunerações indiretas (como vale-alimentação, vale-transporte e auxílio-saúde), a situação é similar. Entre os sindicalizados, 36% dos trabalhadores se beneficiam dos convênios médicos, contra 20,3% dos não sindicalizados; 63,9% dos trabalhadores sindicalizados têm acesso ao vale-alimentação, contra 49,3% dos não sindicalizados; e 54,4% dos sindicalizados contam com vale-transporte, contra 49,1% dos não sindicalizados.
“O que comprova que as negociações e acordos coletivos elevam sim o padrão de condições de trabalho e remuneração dos trabalhadores”, sustenta Patrícia Pelatieri, pesquisadora e economista do Departamento Intersindical de Estudos Sócio Economicos (Dieese).
FONTE: SP Bancários
FOTO: reprodução / Contraf-CUT