SindiBancários reintegra mais um trabalhador demitido injustamente

28 de fevereiro de 2023

Para qualquer trabalhador, o momento da demissão é delicado. Especialmente depois da Re(de)forma Trabalhista, quando se eliminou a necessidade da homologação ser feita no Sindicato, isolando as trabalhadoras e trabalhadores.

Com o objetivo de fragilizar os direitos dos empregados, a assinatura da demissão apenas entre o empregador e trabalhador permite que o patrão retire direitos já que, graças – novamente – à Reforma Trabalhista, se o trabalhador concordar (assinar) com a perda de direitos, o acordado entre as partes vale mais do que aquilo que está na lei.

Muitos trabalhadores não sabem mas, mesmo não sendo mais obrigatória a presença do Sindicato na hora da demissão, o trabalhador pode solicitar a presença do mesmo ou procurá-lo assim que for demitido. Foi o que fez um bancário do Bradesco da nossa base, que pediu para não ser identificado. Demitido  em outubro de 2022, mesmo adoecido (adoecimento este causado pelo trabalho), o empregado do banco privado buscou o auxílio do SindiBancários NH, que imediatamente acionou o seus departamentos Jurídico e de Saúde para acompanhar o caso.

O bancário procurou o Sindicato antes de realizar o exame demissional, o que facilitou a comprovação da ilegalidade cometida pelo banco. Nesta semana, a Justiça reconheceu o grau de adoecimento do trabalhador, comprovado pelos laudos médicos. No entendimento do juíz, o empregado do banco, adoecido por causa da função desempenhada no banco, tem o direito de buscar tratamento, com seu salário garantido e sua família assistida.

Para o coordenador de Saúde do SindiBancários NH, Bruno Lousada, essa prática de adoecer e depois descartar os empregados é comum. “O Banco suga tudo que pode de cada trabalhador. O empregado adoece, física e mentalmente, tentando bater metas abusivas, sendo assediado moralmente, humilhado diariamente. E, quando finalmente ele não aguenta mais, quando adoece por conta destes abusos praticados dentro das agências, o banco o descarta como uma peça inútil da grande máquina capitalista de fabricar dinheiro”, ponderou.

Bruno destaca ainda que as bancárias e bancários podem buscar o auxílio do Sindicato a qualquer momento. “Não apenas na hora da demissão, mas a qualquer necessidade, os trabalhadores podem buscar nosso auxílio. O Sindicato possui setor de saúde para auxiliar os bancários com informações, atendimento e acolhimento. Peça ajuda e mantenha seus exames médicos atualizados, ressonâncias/ecografias. No caso de ansiedade, depressão, tristeza constante, busque a consulta de um psiquiatra e conte com o suporte do sindicato. Entramos sadios nos bancos, não podemos ser demitidos se estamos doentes, ainda mais quando o adoecimento é causado pelo ambiente laboral. Não aceitemos as injustiças cometidas, tenhamos a certeza que merecemos estar nos bancos, fazemos o suficiente dentro de nossas funções e que um ambiente de trabalho saudável é o normal. Não podemos normalizar assédios, violências, humilhações e o adoecimento”, pontuou.

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