Esta semana o Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e Região se reuniu com representantes da FENABAN para tratar da retirada das portas de segurança e vigilantes nas agências, especialmente no Santander. Vale lembrar que no mês de abril o Sindicato realizou protestos em frente às agências Bradesco e Santander do bairro Canudos/NH. A ação repercutiu na mídia da região.
O dirigente do sindical, Bruno Louzada, ressaltou a ilegalidade da situação. “Não bastasse o desrespeito com os seus trabalhadores, a insegurança e mal-estar gerado em quem trabalha naquela agência, a situação é ilegal. O Santander está descumprindo a lei, e deve sofrer a mesma penalidade do Bradesco que, após ação judicial do nosso Sindicato, é obrigado a recolocar as portas de segurança e pagar multa enquanto descumprir a determinação judicial”, explicou Bruno.
No Santander, a porta giratória foi disposta de forma a proteger apenas o dinheiro. “Isso diz muito sobre as prioridades do banco”, criticou Bruno. “O dinheiro tem toda segurança e os trabalhadores, a vida humana, ficam completamente expostos à ação de criminosos”.
O banco acredita que mudando a nomenclatura das agências bancárias para loja, operação ou unidade pode se isentar de cumprir a legislação. O mesmo vale para os trabalhadores, que deixaram de ser bancários e são tratados como especialistas, plataformistas ou agente de negócios. Essa também é uma forma de despersonificar a figura do bancário.
Na reunião, os representantes do banco se mostraram irredutíveis, argumentando que os assaltos diminuíram e por isso estão retirando as medidas de proteção das agências. O questionamento do Sindicato foi: não seria óbvio que os assaltos diminuíram justamente em função destas medidas de segurança que estão sendo retiradas? O banco prefere pagar para ver. E com a vida dos seus empregados.
O Sindicato garante que fará a lei ser cumprida e, tendo em vista a falta de capacidade de negociação por parte dos representantes do Santander, vai seguir com as medidas judiciais que garantam a segurança dos trabalhadores.