Índice não alcança sequer inflação projetada para 2015. Nova rodada de negociação é nesta quarta, dia 21.
A Fenaban insiste em afrontar uma das principais categorias de trabalhadores do Brasil. Duvidando da capacidade de mobilização dos bancários, banqueiros ofereceram reajuste de 7,5% nesta terça-feira, dia 20, em rodada de negociação em São Paulo. E sem abono. Resultado? Óbvio: o Comando Nacional rejeitou de pronto a proposta e orienta sindicatos em todo o país a manterem a greve iniciada em 06 de outubro.
Nova rodada de negociações ocorre nesta quarta, 21.
Para o coordenador da Secretaria de Organização Política e Sindical do Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região, Everson Gross, a proposta da Fenaban representa nova provocação. “Não funcionou da primeira vez, com 5,5% de reajuste; não vai funcionar agora. Vamos manter a mobilização. A greve continua”, afirma o sindicalista, lembrando que a inflação projetada para o ano de 2015 beira a casa dos 10%. “Sem aumento real, não vamos arrefecer o movimento.”
Novo Hamburgo e Região
Até esta quarta-feira, 48 agências e postos de atendimento da base do sindicato de Novo Hamburgo e Região já haviam aderido à greve. “Se a intransigência dos bancos continuar, a tendência é que o movimento ganhe força”, prevê Gross. “Os bancários entenderam que quem deve pagar pela crise que o país atravessa não são os trabalhadores.”