Durante a rodada de negociação da Mesa Temática de Saúde com o Contraf-CUT e o Banco do Brasil, realizada na última terça-feira (5), onde foi debatido o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), os representantes do banco apresentaram dados dos exames periódicos de todos os funcionários e também uma pesquisa sobre a realização do exame, que foi respondida, espontaneamente, por 11 mil funcionários. A pesquisa abordou aspectos como acolhimento, tempo de espera, tempo de consulta, entre outros temas.
O banco apresentou os resultados obtidos na análise dos exames de 106.757 funcionários, mapeados por estado da federação e com detalhamento sobre os problemas de saúde detectados, bem como os níveis de satisfação no trabalho e estresse. Os dados têm como base um novo formulário de coleta de dados implementado desde 2013.
Os funcionários cobraram do BB dados por idade etempo de banco, bem como os comunicados de acidente de trabalho e as informações de CAT aos Sindicatos. Os dados apresentados trazem informações sobre afastamentos, teste para avaliar o nível de stress (sintomas) e detalhes sobre tabagismo – que tem diminuído, atividade física, colesterol, disfunção dos membros superiores e risco cardiovascular, detectados nos exames periódicos e laboratoriais apresentados.
Os bancários também cobraram melhorias quanto ao mobiliário de dependências, as divergências entre os aptos e não aptos pelo INSS e CASSI, e que o BB estude uma fórmula de proteção salarial aos que retornam de afastamentos, com base na Súmula 372 do TST.
O banco apresentou informações sobre o programa de reinserção de funcionários afastados e o tema será aprofundado em uma nova reunião a ser agendada antes das negociações da campanha salarial.
O coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB afirmou que o debate de saúde é um tema de extrema importância e para isso, nova rodada com mais discussões e apresentação de propostas será realizada. As bancárias e bancários do BB precisam estar cada vez mais informados sobre o impacto que a saúde tem no dia a dia do trabalho e precisamos encontrar formas de reduzir ao máximo os afastamentos por doenças laborais, bem como amparar aquelas pessoas que se afastam por outros problemas de saúde.
FONTE: Contraf-CUT
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