COE cobra explicações do Itaú sobre fechamento de agências e punições

26 de abril de 2024

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na quarta-feira (24/04), em São Paulo, para debater emprego, fechamento de agências, realocação e distribuição de funcionários, e punições referentes à falta de certificações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O banco apresentou o levantamento do primeiro trimestre de 2024, quando 2.655 trabalhadores foram contratados e 1.861 demitidos. O movimento sindical aponta que as demissões são gerais, mas as contratações estão muito concentradas na área de Tecnologia da Informação (TI). Entre os desligados não estão contabilizados os trabalhadores que pediram demissão.

O tema da terceirização, que vem se ampliando no banco como forma de diminuir salários e direitos, também foi tema do encontro. Uma das práticas abusivas realizadas pelo Itaú é demitir bancários e recontratá-los por outras empresas, com salários e direitos menores, sem o registro de bancário. “Essa é uma situação que vem se agravando e os sindicatos em buscado apontar essa ilegalidade na Justiça”, relatou Sérgio Gomes, dirigente do SindiBancários NH e empregado do Itaú.

Fechamento de agências

O Itaú informou também os números de fechamento de agências: de janeiro a maio de 2024, 127 agências serão encerradas. Dessas, 90 já foram fechadas e 37 estão em processo. Dos trabalhadores contidos neste universo (1.775), 93% foram realocados, 1% pediu demissão e 6% foram demitidos. “É um dado preocupante. O banco informou que o critério para fechamento é a partir das despesas próprias pagas por cada agência individualmente,”, apontou Sérgio.

Anbima

O movimento sindical cobrou a revisão das penalidades que estão sendo impostas para os trabalhadores que não conseguiram os certificados necessários. Apenas cerca de 5% dos funcionários do Itaú não têm a certificação, uma porcentagem que é baixa.  “Muitos funcionários têm o certificado e não possuem sequer carteira comercial. O critério de cobranças e penalidades não está de acordo”, critocou Gomes.

Abuso na cobrança de metas

Representante da COE Itaú no Rio Grande do Sul encaminharam junto à Diretoria de Relações Sindicais um pedido de solução a respeito de pressão abusiva por metas. Os sindicatos vêm recebendo denúncias de regionais que forçam subliminarmente a venda casada e produtos para atingimento do GERA acima de mil pontos. “Este é um relato generelizado da imensa maioria dos empregados do Itaú”, pontuou Sérgio. “Estamos muito atentos às denúncias, realizando campanhas permanentes, mas dependemos das denúncias dos bancários e bancárias para agir juridicamente”, explicou.

O movimento sindical se comprometeu a apresentar uma proposta de mudanças para o banco no programa de remuneração GERA na próxima reunião, marcada para 5 de junho.

Fonte: Contraf-CUT com edição de SindiBancários NH

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