Funcionário do Banco do Brasil é exposto a arma de fogo dentro de agência em Belo Horizonte.
Após não conseguir sacar determinada quantia, cliente saca sua arma e ameaça o funcionário que o atendia. O trabalhador conseguiu acionar a Polícia Militar e, neste meio tempo, uma funcionária que já havia passado por experiência semelhante em outra agência entrou em desespero, se escondendo debaixo de uma mesa em estado de pânico.
A Superintendência de Minas Gerais só foi comunicada no dia 2 de maio. Além disso, a Gerência Regional de Pessoas (Gepes-BH) e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) somente receberam a notícia no dia 3 de maio, por meio do próprio Sindicato.
Nem a Superintendência e nem a administração da agência haviam acionado a Gepes-BH ou o SESMT para que fossem adotadas as medidas cabíveis em relação aos funcionários afetados.
O Seeb/BH – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de BH, quando comunicou a Gerência Regional de Pessoas sobre os fatos, reivindicou a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos funcionários. A entidade argumentou que, se os bancários sofrerem algum tipo de transtorno em razão da violência, seja com manifestação imediata ou tardia (estresse pós-traumático), eles estarão respaldados e protegidos pela Lei 8.213/91. O Banco do Brasil, porém, segue resistente e ainda não emitiu a CAT.
Além de exigir a emissão imediata do documento, o sindicato denuncia a insensibilidade do BB com seu maior patrimônio, que são os trabalhadores.
Para o funcionário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato, Márcio Chaves, o BB não pode descumprir normativos e leis, inclusive colocando em risco a vida de seus funcionários. “É lamentável que a Gepes-BH e o SESMT não tenham sido, imediatamente, comunicados da ocorrência, prova que são consideradas instâncias acessórias e de menor valorização pelo banco”, afirmou.
Esta ocorrência poderia ter sido evitada caso a unidade contasse com o equipamento de segurança. Vale lembrar que em Novo Hamburgo algumas agências bancárias mantém suas portas com detectores DEPOIS do setor de auto-atendimento, criando um risco desnecessário também para seus funcionários desse setor e demais clientes.