A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) atendeu, nesta segunda-feira (26), à solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e confirmou uma nova rodada de negociações para esta terça-feira (27), às 14h, em São Paulo.
Na sexta-feira, o Comando enviou um oficio a Fenaban para solicitar a volta das negociações da Campanha Nacional 2016. No texto, o Comando reforçou que, como os dirigentes sindicais estariam reunidos em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, eles se colocavam à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, espera que a Fenaban apresente uma proposta que efetivamente atenda às reivindicações da categoria. “Nossas negociações estavam paradas porque a Fenaban vinha fazendo reuniões sem alterar absolutamente nada a sua proposta. Reclamamos muito disso e os trabalhadores e a população sofreram com este pouco caso. Finalmente o bom senso prevaleceu e aceitaram o nosso convite para voltar a negociar o reajuste dos nossos salários e os outros temas da nossa Minuta de Reivindicações.”
Nesta segunda-feira, quando os bancários chegam ao 21º dia de greve, 13.420 agências e 33 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 57% das agências
Para Roberto von der Osten, a força da mobilização da categoria foi uma das responsáveis pelo retorno das negociações. “Agora, 21 dias de greve, esperamos que entendam que não queremos que nossos salários sejam reduzidos e que os empregados precisam ser valorizados.”
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).