O Bradesco está transformando diversas agências em Unidades de Negócios, cortando a segurança e vigilância. Em 12 meses, o banco fechou 242 agências e abriu 92 novas Unidades de Negócios. Por não possuir porta-giratória e vigilante, este modelo coloca a vida de todos os empregados em risco.
A nova modalidade virou um prato cheio para os assaltantes, que veem o caminho livre para praticar crimes nestas unidades. Foi o que aconteceu mais uma vez nesta semana, desta vez em São Paulo. Sem vigilantes e sem portas-giratórias, as agências disfarçadas de unidades de negócios se tornaram alvo fácil para a ação de criminosos.
Em Novo Hamburgo o Sindicato dos Bancários já conseguiu na Justiça a obrigatoriedade das portas-giratórias e segurança armada nas agências do Bradesco. Mesmo assim, o banco descumpre a ordem judicial, demonstrando que o lucro gerado pela economia em segurança é mais importante do que as vidas de seus empregados e, ainda, seu desprezo pela lei e pela Justiça.
“Que o Bradesco não dá o menor valor para a vida de seus empregados, isso não é novidade. Todos sabemos que não se importam se os bancários vão adoecer, se vão morrer em um assalto. Para os banqueiros, o que importa acima de tudo é o lucro. Afinal, no conceito deles, a vida de um bancário se repõe no dia seguinte, contratando outro. É possível que nem uma coroa de flores mandem para a pessoa que eles permitiram que morresse”, enfatizou o presidente do SindiBancários NH, Everson Gross.