Bancários e bancárias de todo o país aprovam convenção de trabalho 2024-2026

9 de setembro de 2024

Convenção coletiva, aprovada por ampla maioria, será assinada nesta terça (10)

Bancários e bancárias de todo o país, sindicalizados e não sindicalizados, aprovaram o texto de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que terá vigência até a data-base de 2026. Com a aprovação, a próxima fase é a assinatura do acordo, prevista para terça-feira (10), às 14h30.

Do total de 140 sindicatos que realizaram assembleias, seja por sistema online ou no formato presencial, em todo o país, somente 9 não aprovaram a proposta. E, do total de bancárias e bancários que deliberaram pelo sistema online VotaBem, quase 70% (69,46%) aceitaram a proposta com avanços em relação à última CCT, incluindo aumento real para o salário e todas as verbas, como vales alimentação (VA), refeição (VR), auxílio creche/babá e participação nos lucros e resultados (PLR) tanto para 2024 quanto para 2025. PLR será paga até o final do mês, para os trabalhadores contemplados pela CCT.

Bancos públicos

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil foi aprovado pela maioria dos funcionários e também será assinado nesta terça (10). O ACT da Caixa foi negado e novas assembleias serão realizadas para deliberar o acordo coletivo dos trabalhadores e trabalhadoras do banco público.

Veja tabela dos novos valores:

Conquistas sociais

Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho

– Pela primeira vez, os bancos concordaram em incluir explicitamente o termo “assédio moral” nas negociações, atendendo a uma reivindicação histórica da categoria.

– Ficou estabelecida uma manifestação de repúdio contra qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho, reforçando o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso.

– Criação de um canal de apoio dedicado às vítimas e de um canal específico para denúncias de assédio e outras formas de violência, que incluirá atendimento às bancárias vítimas de violência doméstica.

Mulheres na tecnologia

Devido à queda no número de mulheres na categoria, em especial devido ao avanço da tecnologia, onde elas ainda são minoria, o comando cobrou e conquistou:

– Concessão de 3.000 bolsas de curso para capacitar mulheres, pessoas trans e PCDs em programação, visando aumentar a representatividade feminina no setor tecnológico, realizado pela Progra{maria}

– Além disso, 100 bolsas serão oferecidas para programa intensivo de aprendizagem, voltado para a formação avançada de mulheres na tecnologia, realizado pela Laboratória

– Ex-bancárias poderão participar dos cursos

– As indicações para às vagas terão também a participação dos sindicatos de todo o país

Pessoas com Deficiência (PCDs)

– Concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que trabalhadores com deficiência possam atender suas necessidades sem prejuízo.

Prevenção à violência contra a mulher bancária

– Implementação de um canal de apoio exclusivo e outras medidas específicas para proteger as mulheres bancárias contra violência, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.

Combate à violência contra a mulher na sociedade

– Os bancos se comprometem a manifestar publicamente o repúdio à violência contra a mulher, além de disseminar informações e recursos para apoiar a prevenção desse tipo de violência.

Igualdade salarial entre homens e mulheres

– Compromisso com a igualdade salarial entre gêneros

– Adesão ao Programa Empresa Cidadã, garantindo licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias

Mudanças climáticas e calamidades

– Em caso de desastres naturais ou outras calamidades, será garantida a criação de um Comitê de Gestão de Crise, quando solicitado pelo Comando Nacional dos Bancários.

– O comitê terá a autorização prévia para tomar decisões necessárias que assegurem a proteção e os direitos dos bancários afetados.

– Implementação de medidas trabalhistas específicas durante situações de calamidade para assegurar vida e o bem-estar dos trabalhadores.

Censo da categoria 2026

– A Fenaban se comprometeu a planejar em 2025 e realizar até o final de 2026 uma nova edição do Censo da Diversidade do Setor Bancário, para mapear e promover a diversidade no setor.

Inteligência artificial e requalificação

– Iniciativas de requalificação profissional para adaptar a força de trabalho às novas demandas tecnológicas.

LGBTQIA+, com destaque para pessoas transgênero

– Os bancos reforçam seu repúdio à discriminação e garantem o uso do nome social para pessoas transgênero, antes mesmo da obtenção do registro civil, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo.

Localização

Rua João Antônio da Silveira, 885, Centro, Novo Hamburgo

Revista ContraOrdem

EDIÇÃO 1
Junho 2021
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