Bancários de todo o país se uniram as demais categorias para realizar o Dia do Basta, nesta sexta-feira (10). A categoria bancária foi às ruas para dialogar com a população e entregou panfletos informativos sobre os ataques que o governo Temer está promovendo contra a classe trabalhadora e a democracia. Algumas agências bancárias tiveram as suas atividades paralisadas até às 12h.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) parabenizou o engajamento da categoria bancária nas mobilizações. “Quero parabenizar os bancários de todo Brasil pela massiva participação no dia do Basta! Por lutarem contra o desemprego, contra a retirada de direitos, contra o desmonte das empresas públicas, contra o aumento dos combustíveis e também pelo recado aos banqueiros que não aceitaremos nenhum direito a menos”, afirmou.
A data, que contou com a participação da Contraf-CUT, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, foi marcada por atos e paralisações em protesto contra o desemprego, os preços abusivos do gás de cozinha e da gasolina, as privatizações e os retrocessos sociais e trabalhistas.
Os bancários também pressionaram a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por melhores propostas na negociação marcada para o próximo dia 17. A Campanha Nacional dos Bancários 2018 reivindica a reposição da inflação para salários e demais verbas, e a garantias contra as novas formas de contratação precárias da reforma trabalhista.
De acordo com Juvandia Moreira, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, o Dia do Basta faz parte do calendário da Campanha Nacional da categoria. “Esse dia de protestos nos prepara para negociação que vai acontecer no dia 17. O que os bancários disseram no Brasil todo nas assembleias, realizadas no dia 8, é que não vamos aceitar nenhum direito a menos e que queremos aumento real e melhorar a participação nos lucros e resultados.”
“Outra questão central é que os bancários não vão aceitar fechar um acordo sem garantia de que os trabalhadores não serão substituídos por trabalhadores terceirizados, por PJ e por trabalhador autônomo. Queremos que a Fenaban se comprometa com isso por escrito”, finalizou.
Fonte: Contraf-CUT