Banrisulenses rejeitaram proposta do banco em assembleias na terça-feira (5/11)
O movimento sindical organizou um Ato Estadual por PPR justo no Banrisul, nesta quarta-feira (7/11), em frente ao prédio da Direção Geral (DG), próximo à agência central do banco, na Praça da Alfândega, no Centro da Capital. Banrisulenses e dirigentes da Fetrafi-RS e de diversos sindicatos da Região Metropolitana e Interior, incluindo o Sindicato dos Bancários de NH e Região, participaram da mobilização.
A atividade foi organizada após a rejeição dos trabalhadores à proposta de PPR do Banrisul, em assembleias realizadas na última terça (5). As entidades sindicais haviam indicado o voto “não”, por entender que a proposta cria disparidade entre os trabalhadores, beneficiando aqueles de mais alto escalão, além de reduzir o valor a ser recebido em relação ao PPR do ano passado e elevar o gatilho de metas para que os banrisulenses façam jus ao benefício.
O movimento sindical reivindica da direção do banco uma proposta de PPR que seja justa para todos os trabalhadores. “Na hora de cobrar metas e resultados eles estão aí presentes, realizando, muitas vezes, assédio moral e adoecendo os colegas. Agora, na hora de dar o retorno da remuneração discriminam, privilegiam os altos salários, em detrimento da maioria dos trabalhadores que fazem o resultado do banco”, denunciou Mauro Salles, secretário da Contraf-CUT.
O dirigente do SindiBancários NH e empregado do Banrisul, Leandro Koetz, demonstrou a insatisfação da categoria. A proposta do banco foi rejeitada pela imensa maioria dos trabalhadores, que gera todo o lucro do banco, que entrega a sua saúde física e mental em nome do lucro. A sensação que temos é de que a proposta é humilhante para nossa categoria. Se o banco não negociar, o Banrisul vai parar! Essa proposta é uma falta de respeito com o movimento sindical e com os trabalhadores”, pontouo.
Diretor da Fetrafi-RS, Sérgio Hoff relatou que, desde o ano passado, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) dialoga com o Banrisul sobre os problemas das construções das metas e o quanto são nocivas e abusivas. “A partir disso tentamos construir uma proposta de PPR que fosse minimamente equânime em seus critérios. Mas o banco apresentou uma proposta indecente e ainda se retirou da mesa, passando a se comunicar por ofício. A negociação é na mesa, não no papel nem por e-mail. Então esperamos que a diretoria reveja sua postura de tentar arrochar os colegas, aumentando o ganho só de alguns cargos em função da produção de outros, e volte a negociar”, defendeu.
Após o encerramento das falas dos dirigentes foi oferecido salchipão aos trabalhadores do banco e à população que passava pelo local.