Brasil precisa de uma Caixa 100% pública, forte, social e com empregados valorizados

13 de janeiro de 2016

“Não concordamos com o enfraquecimento da Caixa Econômica Federal”. Esse foi o principal recado dado por empregados e entidades representativas durante o ato que foi realizado nesta terça-feira (13), em frente ao prédio da Matriz I, em Brasília (DF). Na avaliação de todos, os 155 anos do banco merecem ser celebrados, mas o mais importante é reforçar a luta por uma Caixa 100% pública, forte, social e que valorize efetivamente os seus trabalhadores.

Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, os sindicatos e federações deixaram claro para o governo e a sociedade que são contra o enfraquecimento da Caixa Federal. “Ela é muito mais que um banco. É uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social fundamental. Ajudou a tirar milhões de brasileiros da linha de miséria. Não vamos permitir nenhum retrocesso”, garantiu. “E foi deixado claro que, na opinião do movimento sindical o PLS 555 que tramita no Senado é o maior inimigo das empresas públicas, tendo por objetivo seu desmanche. A Caixa é forte hoje porque centenas de pessoas lutaram em sua defesa ao longo dos anos”, completou.

Roberto disse ainda que, “para manter a Caixa forte, o governo tem que contratar os concursados. Os clientes e empregados vem enfrentando más condições nas agências por falta de pessoal. E por último dissemos que queremos transparência nas negociações com a CEE Caixa e o cumprimento dos acordos que temos firmado. Enfraquecer a Caixa não interessa ao povo brasileiro. Nossos sindicatos vão continuar lutando contra isso”, conclamou.

Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT e funcionária da Caixa, lembrou que o PLS 555 só não foi votado no ano passado graças à mobilização da categoria. “Temos que intensificar essa pressão sobre o governo e o Congresso Nacional. A Caixa também precisa retomar as contratações para se fortalecer. As condições nas agências estão difíceis, enquanto cerca de 30 mil aprovados em concurso aguardam convocação”, afirmou.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, destacou que o PLS 555/2015, que cria o Estatuto das Estatais, é uma das principais ameaças à instituição. “A quem interessa o projeto, que abre as portas para a privatização da Caixa? Certamente, não aos brasileiros. É um dever de todos, empregados e aposentados, lutarmos pelo fortalecimento da empresa. O combate à proposta será uma das prioridades de 2016”, disse.

“Quem constrói essa instituição, todos os dias, são os milhares de trabalhadores. Por isso, eles merecem ser valorizados. Estamos aqui para dizer à direção do banco que queremos mais empregados já, transparência na gestão e respeito às negociações e ao acordo coletivo”, declarou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Matheus. Genésio Cardoso, membro da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba, completou: “O banco descumpriu o compromisso de reforçar o quadro de pessoal”.

Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, recordou que a Caixa está presente na vida e no cotidiano de milhões de pessoas, sobretudo daquelas mais carentes. Ele também enalteceu a dedicação dos trabalhadores. “Temos um grande orgulho desses guerreiros, que não medem esforços e empenho para honrar o nome desse banco, apesar dos ataques neoliberais que ele sofre”, afirmou.

Os representantes dos empregados no Conselho de Administração da Caixa também participaram do ato em Brasília. Fernando Neiva frisou: “temos que continuar organizado, mobilizados e engajando a categoria, para que o papel social do banco seja mantido”. Maria Rita Serrano avaliou: “sempre mostramos nossa força contra qualquer ameaça à Caixa 100% pública. Foi assim na década de 90 e será agora na luta contra o PLS 555/2015. Só assim a instituição terá condições de continuar crescendo e serviço aos brasileiros”.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que é empregada do banco, ressaltou a importância da Caixa Econômica Federal para o país. “Foi com a ajuda da Caixa que conseguimos varrer a fome do Brasil. Ela e outros bancos também são fundamentais em momentos de superação das crises financeiras. É preciso fortalece-la, o que só será possível com a contratação de mais empregados e o combate ao PLS 555 e ao projeto das terceirizações”, finalizou.

FONTE: Contraf-CUT, com Fenae e sindicatos

FOTO: Guina Ferraz / Contraf-CUT

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