Os bancários e bancárias de Novo Hamburgo e Região decidiram: no dia 29 de janeiro os empregados do Banco do Brasil se unirão aos trabalhadores de todo o país e farão um dia nacional de greve, em reação ao plano de desmonte do banco público que pretende fechar mais de 300 agências e postos de atendimento e demitir 5 mil trabalhadores.
Ao todo, votaram na assembleia virtual 23 bancári@s, sendo que 78,26% votaram por aderir à greve e 21,74% votaram “não” pela paralisação. A mobilização acontece nacionalmente, com o intuito de mostrar a insatisfação dos trabalhadores sobre o plano de “reestruturação” apresentado pelo Banco no início do ano.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de NH e Região, Irineu Brinker, da agência 7818 PSO NH, aproveitou a oportunidade para reforçar a importância da participação de todos e lembrou as perdas recentes dos empregados do Banco do Brasil. Confira a manifestação na íntegra:
“Colegas! Já passamos por várias reestruturações que nos prejudicaram, mas essa, sem dúvida, é a que mais nos prejudicou. Os caixas do PSO foram brutalmente impactados, tendo as suas funções cortadas.
Na grande mídia, essa reestruturação é comemorada, com manchetes como essa: “BB faz reestruturação para ficar competitivo”; “BB se reestrutura para ficar mais enxuto”. O mercado financeiro aplaudiu alegremente. O problema é que as manchetes não mostram os milhares de funcionários e funcionárias que terão seus salários reduzidos abruptamente. O mercado financeiro não se importa com os milhares de chefes de família que terão ameaçados o sustento e a segurança financeira de suas famílias. Muitos de nós, teremos que trocar de agência, ou até de moradia, aumentando as nossas despesas e com redução salarial.
O Banco alegou, para o corte nas comissões, que o motivo foi a redução do fluxo de clientes nas agências, a migração das transações do ambiente de caixa para os ambientes de autoatendimento. Em nenhuma delas o BB citou o famoso RV (receita de vendas). Tendo isso em mente, toda a pressão que temos sofrido para venda de produtos não ajudou os caixas a manterem os seus salários. Ora, todos sabemos que o que mantém o caiex no caixa, são os clientes demandando serviços de caixa.
A sensação de normalidade, de que nada aconteceu, que tem se tentado passar, não há. É um momento muito triste em que milhares de colegas estão com a sua segurança financeira em risco. Tudo que conquistamos, com união e luta ao longo de décadas, nos está sendo tirado aos poucos. A desunião nos enfraquece. Não soframos sozinhos, vamos compartilhar com os nossos colegas, familiares, vizinhos e clientes o que está acontecendo conosco.”
Irineu Brinker, da agência 7818 PSO NH
