Sindicato entra com ação coletiva por demissões do Bradesco

3 de dezembro de 2020

Nos últimos meses, o Bradesco vem demitindo cada vez mais funcionários em todo o Brasil. Ao todo, já foram mais de 1.800 bancários e bancárias demitidos em apenas dois meses. É preciso lembrar que, no início da pandemia, o banco se comprometeu a não demitir funcionários enquanto a questão da Covid-19 não fosse resolvida no país. Mesmo com a crise, o banco já lucro 12 bilhões de reais em 2020, e segue demitindo em massa. Para tentar reverter essa situação, o Sindicato ajuizou ação na Justiça esta semana, questionando as demissões em massa.

Somente na região de atuação do nosso Sindicato, foram 10 bancários e bancárias, incluindo trabalhadores doentes. O Sindicato registrou demissões em Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga. Ao longo dos últimos meses, a entidade já realizou diversas ações referentes as demissões, como manifestações nas portas das agências e uma mediação entre o banco, Sindicato e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), buscando reverter as demissões ou, ainda, conseguir os benefícios concedidos no Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos demitidos.

Desde outubro, bancári@s vêm realizando manifestações contra as demissões em frente às agências do Bradesco

O dirigente do SindiBancários, Joey de Farias, que representou os trabalhadores na mediação com o TRT, lembrou que as demissões são maléficas e descumprem o acordo firmado pelo Bradesco. “Os demitidos, em plena pandemia, perdem o sustento de toda a família. Já não bastasse essa desumanidade, os colegas que ficam nas agências estão tendo que incorporar a demanda dos demitidos, pois não há reposição. Quem antes atendia uma carteira de 150 clientes, hoje, atende uma carteira de 600, acumulando as funções. Os dados do INSS mostram que nossa categoria está ficando doente por causa do excesso de trabalho, das metas inalcançáveis e de cobranças inaceitáveis por parte dos chefes. O assédio é recorrente nas agências, e o resultado está aí: uma epidemia de doenças psicológicas”, destacou Joey.

Agora, com a ação coletiva, o Sindicato vai questionar na Justiça os motivos dessas demissões em massa, já que o banco segue tendo lucros bilionários, mesmo durante a crise. O Sindicato de Novo Hamburgo e Região é o primeiro do Rio Grande do Sul a entrar na Justiça para tentar reverter as demissões.

Sindicato pediu mediação do TRT para tentar resolver demissões em massa

 

 

 

 

 

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