Como uma das maiores dos últimos anos, a greve nacional dos bancários entra em seu 15º dia com a categoria unificada em todo o País. A terça-feira (20) terminou com 12.567 agências e 33 centros administrativos fechados nos 26 estados e no Distrito Federal. É a maior paralisação de agências desde o início das mobilizações.
Diante desta demonstração de força da categoria, que forçou a Fenaban reabrir negociações, vale destacar que os bancários reivindicam reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), além das cláusulas por melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, entre outras. Confira abaixo.
A Greve é Legal
O direito de greve é garantido pela Constituição Federal do Brasil, regulamentado pela Lei 7.783, de 1989, através do seu artigo 9º, sendo um direito social de todo e qualquer trabalhador, cabendo aos próprios trabalhadores exercerem a oportunidade desse direito, bem como definirem os interesses que serão defendidos pela greve.
Atendimento
Durante o período de greve o serviço de compensação, autoatendimento e lotéricas funcionam normalmente.
Bancários pedem:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
FONTE: Contraf-CUT