Reposição total da inflação e aumento real garantidos, assim como todos os direitos previstos pela Convenção Coletiva de Trabalho para os próximos dois anos. Os sindicatos representantes de bancários de instituições públicas e privadas assinaram na sexta-feira (31), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) 2018/2020 e os acordos aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, válidos pelo mesmo período.
Esse processo foi construído com todos desde as assembleias, conferências estaduais, regionais, a nacional, levando assim a um acordo com aumento real. Renovar mais um acordo com todos os direitos e aumento real por dois anos, em uma conjuntura baseada na “deforma trabalhista” impactou na negociação, dificultando o diálogo em praticamente todas as rodadas.
O acordo geral com a Fenaban e os específicos do BB e da Caixa são exemplos de resistência contra a reforma trabalhista, aprovada após o golpe: foram mantidos todos os direitos previstos na Convenção Coletiva, que os bancos propuseram retirar ao longo das mesas de negociação. Esses direitos estão garantidos por mais dois anos, o que é fundamental diante do cenário de incertezas no país. Além disso, foi garantida a validade da CCT para mais de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes. Vale lembrar também que os bancários de bancos públicos serão os únicos funcionários públicos a terem aumento real.
A economia se fortalece quando o trabalhador ganha
Os ganhos dos bancários na Campanha 2018 – dos quase 500 mil trabalhadores de bancos públicos e privados em todo o Brasil – terão forte impacto na economia do país. Somente o reajuste de 5% nos salários da categoria representa acréscimo anual de cerca de R$ 2,5 bilhões na economia. O mesmo vale para os vales alimentação e refeição: um impacto adicional de R$ 384 milhões em um ano. Em âmbito nacional a PLR conquistada injetará por volta de R$ 7,036 bilhões no mercado, nos próximos 12 meses. Já com a antecipação do pagamento, em 20 de setembro, será de cerca de R$ 3,190 bilhões.
Somados os reajustes nos salários, vales e a PLR total, levarão para a economia nacional cerca de R$ 9,922 bilhões. São quase R$ 10 bilhões que saem dos cofres dos bancos para os bolsos dos trabalhadores e vão aquecer o consumo e ajudar a economia girar.