A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú discutiu o impacto sobre o emprego com a criação das agências digitais e os encaminhamentos para os debates com o banco sobre o Programa Complementar de Resultados (PCR), em reunião realizada, nesta quinta-feira (17), na sede da Contraf-CUT. Representantes de federações e sindicatos relataram que em várias regiões do País, principalmente no Sudeste, o processo tem significado impacto sobre o emprego e também sobre a remuneração.
“A medida em que as agências digitais são criadas as melhores contas migram para ela, dificultando ainda mais o cumprimento das metas. Com a redução, também diminui a demanda das agências tradicionais colocando o emprego em risco”, afirma Jair Alves, coordenador da COE.
Os dirigentes sindicais afirmaram que o temor pelo desemprego hoje é muito grande no Itaú, depois que Marco Bonomi, diretor responsável pela área de Varejo, afirmou a acionistas que daqui a dez anos o Itaú Unibanco pode ter apenas metade do número de agências que tem hoje e, nos próximos três anos, o corte já atingirá 15%. Isso significaria a redução de 30 mil empregos.
Ficou definida a realização de atividades em todo o Brasil em defesa do emprego e a elaboração e distribuição de um jornal sobre esta questão no Itaú.
PCR e Bolsa de Estudo
Os bancários também definiram que discutirão com o banco o pagamento de um valor do PCR condizente com os altos lucros que o Itaú vem obtendo, rentabilidade de 23,5% em 2014.
Também vão reivindicar o reajuste condizente com este resultado, com o valor das 5.500 bolsas de estudo dos funcionários. “São os funcionários que ajudaram a construir o lucro do Itaú, é justo que sejam reconhecidos por isso” afirma Jair Alves.
FONTE: Contraf-CUT
FOTO: reprodução / Contraf-CUT