A partir do dia 17 de julho, o Saúde Caixa vai implantar uma nova rotina para o custeio de acesso ao método Pilates, dificultando o processo ao empregado. O comunicado informando as novas regras para ressarcimento com essa terapia foi enviado a todos os empregados no início do mês de junho.
Este benefício, com finalidade terapêutica, foi incluído no Saúde Caixa nas opções de tratamento de doenças osteomusculares em 2012.
A Caixa justifica que a medida visa manter a qualidade e economicidade do serviço prestado, bem como garantir a gestão do processo. A partir de agora, o beneficiário do Saúde Caixa solicitará a autorização prévia para a realização do procedimento, encaminhando o pedido diretamente à empresa contratada para a prestação de serviço de auditoria vinculada a sua Gipes.
Prevenção da saúde
“Pilates é essencial como prevenção e promoção da saúde. E na medida em que a Caixa cria burocracia para dificultar o acesso a este benefício, o adoecimento, que já é grande entre os empregados do banco, vai aumentar ainda mais”, observa a secretária de Mulheres do Sindicato dos Bancários de Brasília, Helenilda Cândido.
Essa medida vai na contramão do que o Sindicato vem discutindo com o Conselho de Usuários e o GT de Saúde, no sentido de ampliar os benefícios do plano na saúde preventiva.
“Se o objetivo da Caixa é dar uma gestão de economicidade ao plano de saúde, essa medida pode ser uma faca de dois gumes, uma vez que a dificuldade de acesso pode afastar o empregado desse benefício e, como consequência, haverá mais bancários lesionados, o que sobrecarregará ainda mais o plano de saúde porque a saúde preventiva é mais barata”, ressaltou Vanessa Sobreira, diretora do sindicato e empregada da Caixa.
Documentação
Com as novas regras, os documentos exigidos são:
— relatório detalhado do médico que indicou a assistência fisioterápica, contendo diagnóstico, CID, indicação; relatório do fisioterapeuta constando plano do tratamento; exames e laudos radiográficos, quando solicitados pela empresa de auditoria.
A nova rotina seguirá, ainda, os critérios a seguir:
— serão autorizadas, no máximo, 30 sessões por relatório, sendo que, findada a autorização concedida, nova documentação deverá ser apresentada; os beneficiários que realizam o Pilates pela livre escolha (reembolso) também necessitam solicitar a autorização prévia, antes das sessões, para que o reembolso seja concedido.
“O que a Caixa realmente quer a partir do aumento da burocracia é diminuir a demanda de atendimentos. Que menos empregados façam pilates pelo Saúde Caixa. Tudo isso em nome da redução de despesas com o plano e, por tabela, com empregados. A Caixa busca fazer isso há um bom tempo”, afirma Antonio Abdan, secretário de Divulgação do Sindicato e também empregado da Caixa. “É só mais um episódio para uma empresa que pouco se preocupa com os empregados. É só verificar a falta de empregados frente o aumento do serviço”, lembra o dirigente.
FONTE: Seeb/Brasília
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