Não à corrupção. Pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores

1 de abril de 2016

NOTA PÚBLICA

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Nem coxinhas nem petralhas. Em meio à grave crise política, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região torna pública sua posição: nenhum direito a menos para os trabalhadores. Repudiamos a clara e manifesta tentativa de quebra da legalidade, com um impeachment conduzido por um Congresso Nacional corrupto: não ao golpe. Apoiamos a operação Lava-Jato e a punição justa e igualitária de todos os políticos que tenham cometido desvios: não à corrupção.

A polarização em torno da defesa intransigente do Governo Dilma e do ódio de classe, contra as políticas sociais conduzidas pelo PT, só favorece às elites e pode redundar na ascensão de setores conservadores ao poder. É inaceitável a posse do vice-presidente Michel Temer, investigado na Lava-Jato, que se articula com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu em processo do STF, e o resto do PMDB, velho parasita de todos os governos – nas palavras do ministro Luís Roberto Barroso, do STF: “Meu deus do céu!”

Defendemos uma saída democrática, com o fortalecimento das investigações. Chega de indignação seletiva. O mesmo juiz Sergio Moro, que divulga áudios da presidente da República, ilegalmente grampeada, veta a divulgação dos nomes de políticos que receberam dinheiro da Odebrecht, cujos dirigentes foram condenados por pagamento de propina.

Se há de corrupção nos governos do PT, que se investigue. Mas apenas Aécio Neves, do PSDB, principal partido da oposição, é citado em pelo menos cinco delações premiadas. Que se puna a todos! Só uma reforma política séria, sem financiamento de campanhas por empreiteiras e banqueiros, pode nos livrar da corrupção, endêmica no país desde a ditadura militar; aperfeiçoada na redemocratização: de Collor, Fernando Henrique Cardoso, ao governo atual.

Nenhum direito a menos

Seguimos vigilantes, denunciando o aprofundamento de políticas conservadoras, como o Ajuste Fiscal. Lembramos, contudo, do avanço que os bancários conquistaram nos governos do PT. Entre 2004 e 2014, empregados dos bancos privados tiveram valorização salarial de 20,7%. Nos públicos, o índice foi de 21,3%. Nos governos do PT, à custa de muita luta, é verdade, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal se mantêm públicos, dos brasileiros, com a realização de concurso público e valorização da categoria.

O impeachment como se desenha, com Michel Temer assumindo a presidência, provavelmente conduziria o economista Armínio Fraga, adorado pelo mercado financeiro, ao poder. Foi ele quem, nas Eleições de 2014, como porta-voz de Aécio Neves, foi claro ao dizer o que pensa dos bancos públicos: “Não sei o que vai sobrar. Talvez não muito”.

Políticas sociais 

Com Temer e Armínio Fraga, a possibilidade de perdas é real: o economista acha que o problema do Brasil é o salário mínimo, que, segundo ele, “cresceu muito ao longo dos anos”. Nisso, tem razão: Lula e Dilma fizeram o salário quatro vezes maior, em números absolutos, de R$ 200,00, em 2002, com FHC, para R$ 880,00, em 2016.

A ONU reconhece a redução da fome e da pobreza no Brasil. A criação de universidades públicas, Fies e ProUni incluíram o filho do trabalhador no ensino superior. Programas como o “Minha Casa, Minha Vida” deram dignidade a milhares de famílias. E o fortalecimento da Polícia Federal é o que possibilita o desbaratamento das quadrilhas que surrupiam o Estado.

É preciso mais, sim. Mas não será pelo golpe que avançaremos. Lutamos ao lado dos que prezam pela democracia e pela construção de um governo verdadeiramente popular.

 Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região

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