Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região também compôs atividades do Comitê Municipal em defesa da Previdência Social nesta sexta-feira, dia 28.
Novo Hamburgo também parou. Somando-se à Greve Geral que tomou conta do país, centenas de hamburguenses marcharam pelas ruas do Centro nesta sexta-feira, dia 28. Pelo menos 20 agências de bancos públicos e privados não tiveram atendimento na base do Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região.
Pouco antes das 9h da manhã a Praça do Imigrante (foto abaixo) começou a receber trabalhadores de diversas categorias para as mobilizações articuladas pelo Comitê Municipal em defesa da Previdência Social, que se estenderam ao longo de todo o dia. Eram 10h30min quando uma marcha partiu da Av. Pedro Adams Filho, passando pela Rua Joaquim Nabuco, até chegar à BR 116 por meio do Viaduto Airton Senna, já no bairro Primavera. A rodovia ficou trancada para veículos entre 11h e 12h, com dois intervalos de cinco minutos de desobstrução (foto acima).
Mais cedo, ainda na madrugada, manifestantes organizaram atos na frente das empresas concessionárias do transporte público municipal, Futura e Hamburguesa. Pelo menos durante toda a manhã, os ônibus não circularam pelas ruas da cidade – a exemplo dos trens metropolitanos: trabalhadores da Trensurb aderiram à greve ainda no início da semana.
NENHUM DIREITO À MENOS O movimento tem como principais pautas a resistência à Reforma Trabalhista, aprovada na calada da noite de quarta-feira, dia 26, na Câmara dos Deputados, mas que ainda depende de apreciação do Senado, e a Reforma da Previdência, que deve ser votada pelos deputados em maio. Ambas retiram direitos fundamentais dos trabalhadores e favorecem as elites empresariais e financeiras.
Bancários comemoram adesões
Para o coordenador da Secretaria de Organização Política e Sindical do Sindicato dos Bancários e Financiários de NH e Região, Everson Gross, a mobilização desta sexta-feira revela um recrudescimento das forças progressistas no país. “O governo ilegítimo de Michel Temer acelerou o processo de unificação dos trabalhadores. Há muito tempo não víamos uma articulação tão promissora”, comemora o sindicalista, com base no sucesso das manifestações em Novo Hamburgo.
Gross também vê com bons olhos a adesão dos bancários da base da categoria. Fecharam agências dos bancos públicos – Banrisul, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal -, além de alguns privados como Santander, Bradesco e Itaú. “Não foram só agência nas quais fizemos algum tipo de articulação. Muitos bancários aderiram espontaneamente.”
FOTOS: Felipe de Oliveira / Bancários NH e Região