Direção do SindiBancários participa do 5º Seminário Nacional de Agroecologia

20 de março de 2024

Mais do que abordar apenas os direitos da categoria, o Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e Região está constantemente debatendo os temas mais relevantes na sociedade, seja através do projeto Ecologias dos Saberes ou de materiais informativo, como a agenda anual.

Nesta terça-feira (19), a direção da entidade participou em peso do 5º Seminário Nacional de Agroecologia e 1° Seminário Nacional sobre as Mudanças Climáticas e os Impactos na Produção de Alimentos, realizado no Centro de Eventos Olmiro Brandão em Nova Santa Rita – RS.

Na pauta do encontro, os eventos climáticos extremos que atingiram o RS em 2023, atingindo diretamente 700 mil pessoas e diversas comunidades e os seus principais motivos: o desmatamento e queimadas promovidas pelo agronegócio, a destruição da mata atlântica para pastagem de gado, a liberação de agrotóxicos cancerígenos (somente em 2022 foram 652 tipos de venenos liberados para uso no campo), e o uso desenfreado dos recursos hídricos do país pelo agronegócio (atualmente, 70% de toda a água do país é usada em plantações e na agropecuária).

Se os problemas e suas motivações são de conhecimento de todos, a solução para eles também foi tema dos debates. As lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra compartilharam a experiência de produção de orgânicos (produtos rurais sem veneno), debatendo a necessidade de ampliação das agroflorestas, comprovadamente necessárias para a manutenção dos ciclos de chuvas. Atualmente, o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.

A Reforma Agrária e o compartilhamento de terras também foi tema extensivo de debates, em contraponto às poucas famílias que detém o monopólio do agronegócio brasileiro, consumindo os recursos hídricos de toda a população, vendendo os alimentos para fora do país e gerando lucros bilionários para um pequeno grupo de pessoas. Do outro lado, as cooperativas agrícolas e a Reforma Agrária lutam pela distribuição de terras e geração de empregos no campo, distribuindo renda e pela manutenção da produção de alimentos sem veneno na mesa dos brasileiros.

“Para contrapor o agronegócio, o uso dos venenos e o alimento transgênico, a agroecologia e a produção de alimentos saudáveis são as alternativas. Os frutos dessa luta subiram ao palco, nas mãos de quem trabalha a terra, junto com as ferramentas e as mudas para reflorestar o planeta”, salientou Andrei Cornetta, professor de Geografia da Unesp.

O presidente do Sindicato dos Bancário, Everson Gross, destacou a importância da luta coletiva para a categoria. “Participar ativamente do Sindicato é lutar pelo bem-estar da categoria, mas de todos os trabalhadores. E nenhum tema é tão importante no momento quanto a ecologia. A ciência tem nos mostrado a cada dia que, se o mundo inteiro não agir agora para frear a destruição do meio ambiente, não haverá sequer um futuro próximo para nós, nossos filhos ou netos”, pontuou.

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