Desemprego segue em alta no Brasil e o trabalho intermitente cresce

2 de julho de 2018

Agência do Trabalhador no Setor Comercial Sul Agência do Trabalhador, Setor Comercial Sul, Plano Piloto, Brasília, DF, Brasil 25/10/2016 Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília.

O mercado formal abriu em todo o Brasil, apenas 33.659 vagas em maio, o que significa uma quase estabilidade no estoque, com variação de 0,09%, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado, inferior ao de maio do ano passado e também abaixo do esperado por “analistas” de mercado, se concentrou na agricultura e nos serviços, já que indústria e comércio fecharam vagas. O estoque de empregos é de 38,249 milhões, menos do que em maio de 2016, (38,786 milhões) quando a então presidenta Dilma Rousseff sofreu um Golpe, afastando-a da Presidência da República.

Ainda em maio, o setor de serviços abriu 18.577 vagas, com crescimento de 0,11%. Mas o destaque foi a agropecuária, com 29.302 (1,88%). A construção civil criou 3.181 postos de trabalho (0,16%). A indústria de transformação cortou 6.464 vagas (-0,09%) e o comércio, 11.919 (-0,13%).

Outro dado do Caged revela que mais uma vez o mercado “troca” trabalhadores pagando menos. O salário médio de admissão no mês passado foi de R$ 1.527,11, enquanto os demitidos recebiam R$ 1.684,34.

Trabalho Intermitente

Do saldo de quase 34 mil postos de trabalho com carteira assinada, aproximadamente 10% (3.220) são da modalidade intermitente, com praticamente nenhuma proteção ao trabalhador, criada com a “reforma” da legislação trabalhista (Lei 13.467). Foram 4.385 contratações e 1.165 demissões em 1.261 estabelecimentos. Segundo o ministério, 2.500 empregados possuem mais de um contrato, já que seu rendimento caiu abruptamente após a reforma.

Dos 3.220 contratos intermitentes, mais da metade (1.388) foi no setor de serviços. As ocupações mais constantes foram as de vigilante (193), atendente de lojas e mercados (161), embalador a mão (147), mecânico de manutenção de máquinas (137) e recepcionista (133).

Analistas econômicos esperam ainda para 2018 um crescimento maior na contratação pela modalidade intermitente, já que oferece mais vantagens e segurança para o empregador.

Texto: Alex Glaser

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