Contraf-CUT participa de audiência pública sobre reestruturação do BB

14 de dezembro de 2016

Em defesa dos 9.409 funcionários do Banco do Brasil, que, segundo anúncio da própria instituição financeira, serão desligados até o final deste ano por meio de um plano de aposentadoria incentivada, ocorreu nesta terça-feira (13), em Brasília, na Comissão de Trabalho da Câmara, uma audiência pública. O debate contou com a presença dos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Érica Kokay (PT-DF), de representantes dos trabalhadores, entre eles o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza e o presidente do Sindicato dos Bancários de Salvador, Augusto Vasconcelos, que também representou a CTB e de representantes do banco, entre eles os diretores Carlos Neto e José Caetano Minchillo.

Sob o comando do governo ilegítimo de Temer, o BB anunciou fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento. O processo de reestruturação envolve cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados.

De acordo com o diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, José Caetano Minchillo, até o final deste ano, 9.409 funcionários do Banco do Brasil serão desligados da instituição, mas garantiu que a redução do quadro de pessoal “não compromete em nada as nossas competências históricas e capacidade de gerar resultados”.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, fez um apanhado histórico do Banco do Brasil e lembrou da dificuldade que os trabalhadores da instituição financeira enfrentaram durante o período do neoliberalismo da década de 90. “Temos que lutar contra este mesmo modelo neoliberal que estão reimplantando no Brasil, com este governo golpista. O mesmo modelo que ceifou 300 mil empregos da categoria bancária e foi uma catástrofe para os bancos públicos nos anos noventa, volta à tona”, disse.

O dirigente também ressaltou que é preciso mobilizar não apenas os bancários, mas toda a sociedade para ampliar a luta em defesa do banco público. “Temos que debater com os trabalhadores e diversos atores da sociedade brasileira, promovendo audiências públicas nas esferas municipais, estaduais e federais. O nosso movimento em defesa do BB tem que crescer e somar, pois esta não é uma luta somente dos funcionários é uma luta de todos nós”.

Augusto Vasconcelos disse que o ataque feito ao Banco do Brasil é simbólico porque não é somente um ataque a uma empresa. “Atendendo o caráter público desta importante instituição financeira, consideramos que esta reestruturação com o fechamento de agência e a redução de funcionários prejudicará não só os trabalhadores, mas também a população. Não aceitaremos que o governo Temer promova o desmonte do BB”.

O parlamentar Daniel Almeida destacou que a redução do quadro de pessoal e fechamento de agências causariam impacto na economia dado a importância do Banco do Brasil, sua capilaridade e atuação em áreas específicas, insubstituíveis em alguns casos.

Os debatedores manifestaram preocupação com os impactos da reestruturação do banco na economia dada a importância e capilaridade da instituição.

Próximas audiências públicas

A partir das 14h, o debate acontece na Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB. A realização da audiência pública foi solicitada pelo deputado Fabrício Falcão (PCdoB).

No próximo dia 15, haverá audiência pública em Alagoas.

Em ambas audiências, a Contraf-CUT será representada pelo secretário-geral, Carlos de Souza.

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FONTE: Contraf-CUT

FOTO: reprodução / Contraf-CUT

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