Banco do Brasil aumenta salário da diretoria e presidência em até 57%, mas deixa o funcionalismo de fora

24 de abril de 2024

Quando a Tarciana foi nomeada como presidenta do Banco do Brasil, muitas(as) funcionárias(os) sentiram-se representadas(os). Uma funcionária de carreira, primeira mulher a comandar o maior banco do Brasil.

Nesses mais de 215 anos, passaram muitos presidentes pelo BB, todos homens. Alguns excelentes, outros não valeram nem o cafezinho que tomaram. Uma presidente mulher, com a promessa de uma gestão mais humana e respeitosa teve amplo apoio do movimento sindical, dando uma esperança de tempos melhores.

Essa notícia de que somente a diretoria, a presidência e a vice-presidência teriam um gordo aumento salarial, onde todos os outros funcionários ficariam de fora, veio como um soco no estômago de boa parte do funcionalismo. As perdas que todos os bancários do BB tiveram desde o governo FHC, com retirada de direitos, vários anos sem reajuste de salário, os efeitos do Performa, que é a retirada do módulo avançado e redução dos salários de referência dos cargos comissionados, o descomissionamento de todos os caixas, na gestão Ruben Novaes (pior presidente e ainda um preguiçoso).

Todos essas situações ocorridas ao longo de diversas gestões causaram prejuízos a milhares de funcionários da ativa, repercutindo também nos valores das aposentadorias de milhares de colegas. Compreendemos que os salários dos executivos do BB estejam defasados, assim como o de milhares de colegas da base, que geraram e geram esses ótimos resultados que o Banco vem acumulando nesses últimos anos.

Somos escriturários (agentes comerciais), caixas, assistentes, muitos cargos das gerências médias e gerentes de agência que estão com seus salários com uma defasagem que beira 100%. A lógica do capitalismo é pagar muito para poucos e pouco para muitos. Pedimos que a presidenta Tarciana olhe para a base, para quem realmente carrega o BB, e que tenha em mente que quando lhe foi dada a missão de comandar o BB, foi para que fosse uma gestão diferente, não para que fosse igual aos outros tantos presidentes que passaram por esse Banco. Então faça diferente, coloque os milhares de trabalhadores do BB nesse percentual!

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Revista ContraOrdem

EDIÇÃO 1
Junho 2021
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