Bancários ampliam a greve por resultados efetivos na negociação

9 de setembro de 2016

Nem mesmo o feriado no meio da semana cortou o ritmo acelerado da greve nacional dos bancários. Os piquetes foram retomados com força nesta quinta-feira (08) em todo o país, destacando a força e a organização da categoria pelo avanço nas negociações da Campanha Salarial. A mesa geral com a Fenaban será retomada nesta sexta-feira (09), às 11h, no Maksoud Plaza, em São Paulo.

O movimento atingiu 710 unidades no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (08), incluindo agências, departamentos e postos de atendimento bancário. No interior do Estado os bancários paralisaram o atendimento em 465 unidades, enquanto na Capital, o SindBancários registrou o fechamento de 245. O Banrisul lidera a greve no Interior com 135 unidades paralisadas, seguido pela Caixa com 128. Entre os privados os maiores números ficam com o Bradesco, com 51 agências e postos de atendimento fechados, seguido pelo Santander, com 40.

Nas cidades de abrangência do Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região, até a tarde de 08 de setembro, estavam fechadas todas as unidades bancárias do Bradesco, três do Banco do Brasil (Ag.Campo Bom-0755, Ag.Empres.Vale dos Sinos-3414 e Ag.Ivoti-2189), seis do Itaú Unibanco (Ag.Av Pedro Adams-7765, Ag.Nabuco-9221, Ag.Novo Hamburgo-0293, Ag.Pátria Nova-6383, Ag.Personnalité-9057 e Ag.Sapiranga-7434), uma do Safra (Ag.Novo Hamburgo-0136), todas do Santander e uma do Banrisul (Ag.Novo Hamburgo-0290). Assim, são 32 agências em greve na região.

Negociações

Desde a entrega da minuta de reivindicações dos bancários à Fenaban, no dia 9 de agosto, já ocorreram cinco rodadas de negociações e os banqueiros não apresentaram proposta decente aos trabalhadores. A proposta que a Fenaban apresentou no dia 29 de agosto foi de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para os bancários.

Os bancários reivindicam

Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

Lucros dos bancos

Com os lucros nas alturas, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.

FONTE: Comunicação/Fetrafi-RS e Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região

FOTO: reprodução/ilustrativa / fotospublicas.com

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