Assembleia decide criação de Fundo de Defesa dos Direitos

30 de abril de 2018

fundo

No último dia 25, foi realizada Assembleia Deliberativa na sede do Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região, contando com a presença de diversos associados e dirigentes da entidade.

Everson Gross, diretor da entidade, levantou vários pontos preocupantes para a categoria: fechamento de agências e outras formas de contrataçoes, como estagiários e terceirizados, que estão levando consequentemente à diminuição da categoria e dos associados. “O golpe das receitas nos sindicatos, que faz parte do golpe da reforma trabalhista, busca diminuir a arrecadação da entidade para enfraquecê-la. Um sindicato fraco representa perda de direitos, principalmente frente a negociação coletiva”, explica Everson. “E para fechar esse ataque, a estratégia deles é dificultar, inviabilizar e muitas vezes impedir o acesso a justiça do trabalho. É um golpe que atinge os 3 pilares da defesa dos direitos trabalhistas, que são: a garantia e manutenção dos direitos dos trabalhadores, fortalecimentos dos sindicatos e a possibilidade de buscar na justiça do trabalho direitos que não foram cumpridos. ‘Eles querem destruir esses pilares”, alertou o dirigente.

Conforme explicou Everson, o sindicato está em grande campanha de associação, mas isso não será suficiente para cobrir as despesas. O cenário é bastante nebuloso, principalmente no caso das Ações Coletivas que são movidas pelo sindicato: Com o desmonte da CLT, caso o sindicato perca a ação, terá que arcar com os custos processuais, como o pagamento de médico perito, além de pagar os honorários dos advogados dos bancos. “Estamos falando de altos valores, que em uma eventual derrota do sindicato em uma ação, o resultado será desastroso. Estamos acompanhando diversos sindicatos da região e muitos estão com os dias contados”, relata Everson.

Diante desse quadro, foi proposto a criação de um Fundo de Defesa dos Direitos, com o recolhimento de uma taxa para fazer frente não só as despesas do sindicato, como manter seu quadro de advogados e médico. A taxa, com o percentual de 5%, é especificamente para o bancário ou bancária que receber um valor fruto de uma ação coletiva movida pelo sindicato. Essa taxa é também para fazer caixa para a entidade continuar fazendo campanha salarial.

Também foi proposto a alteração do valor dos honorários dos advogados para quem não é sócio do sindicato, passando de 10% para 20%. “Precisamos valorizar mais ainda os sócios do sindicato, e além disso, mostrar para os trabalhadores que existem inúmeras vantagens em se associar, mas principalmente, conscientizar que a entidade é de extrema importância para os trabalhadores da categoria”, afirma Everson. “Vale ressaltar que o sindicato não participa em nada desses valores, eles são integralmente para os advogados”.

Depois de debate e esclarecimento de dúvidas, ambas as propostas foram aprovadas pelos presentes na Assembleia.

“Essas modificações são justas e necessárias, senão em breve, em 5 anos mais ou menos, deixaremos de existir como sindicato. Seremos um sindicato que em campanha salarial e demais lutas, não teremos força alguma, e isso só interessa aos bancos”, explicou Everson.

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