Proposta que não alcança nem a inflação foi apresentada na segunda rodada de negociações da semana
Os banqueiros acusaram o golpe. É a mensagem que fica da segunda rodada de negociações da Campanha Nacional 2015, nesta quarta-feira, dia 21, em São Paulo (foto). A proposta de 8,75% de reajuste, no entanto, revela que a Fenaban segue desafiando o poder de mobilização dos bancários. O índice sequer alcança a inflação projetada para o ano de 2015, que beira os 10%. Sem aumento real, não tem acordo: é greve.
Nova rodada já está marcada para está quinta, 22, também em São Paulo, às 14h, e o Comando Nacional dos Bancários reitera a disposição em negociar. Mas neste momento orienta sindicatos de todo o país a manterem a paralisação iniciada em 06 de outubro. Depois do deboche que representou a primeira proposta, de 5,5% de reajuste (apenas metade da inflação), na terça-feira, 20, a Fenaban havia oferecido 7,5%, também rejeitados no local de negociação.
Novo Hamburgo e Região
“Esse pequeno avanço é sinal de que os bancos sentiram a força da mobilização da categoria. Só não se deram conta ainda que com propostas abaixo da inflação não vamos arrefecer”, avalia Everson Gross, coordenador da Secretaria de Organização e Política Sindical do Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região. Aproximadamente 50 agências e postos de atendimento na base da entidade já aderiram à greve.
Com informações da Contraf-CUT
Foto: reprodução/Contraf-CUT
