Atividade também denunciou intransigência da direção, que prática assédio moral ostensivamente.
O local não poderia ser mais apropriado: o maior banco público em ativos do país. Em frente ao Banco do brasil hamburguense, na Praça 20, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região protestou nesta quarta-feira, dia 21, contra a intransigência do Governo Federal durante a Campanha Nacional 2015 (foto). Ao longo do dia as atividades da agência ficaram suspensas e os sindicalistas dialogaram com bancários e com a população.
Para o coordenador da Secretaria de Finanças, Patrimônio e Administração, Joey de Farias, um dos líderes do movimento, a repercussão revela o descontentamento da sociedade com a política econômica proposta pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o discurso de crise que se instaurou no país. “A maior parte das pessoas com quem conversamos apoiaram o ato”, comemora Farias, lembrando que segunda proposta de reajuste da Fenaban, de 7,5%, sequer alcança a inflação projetada para 2015, que beira os 10%. “É impossível não perceber que a proposta das elites é cobrar a conta da crise dos trabalhadores. Nossa luta contra os banqueiros é simbólica.”
SOLIDARIEDADE DE CLASSE – A atividade fortalece a união da classe trabalhadora em Novo Hamburgo e Região. Participaram da mobilização os Sindicatos dos Sapateiros e Metalúrgicos, além de trabalhadores de outras categorias e funcionários do Banco do Brasil de outras cidades da base que aderiram à greve, como Estância Velha.
Assédio moral
O ato no Banco do Brasil hamburguense também serviu para denunciar uma prática abusiva que se repete diariamente, o assédio moral. “É lamentável que um banco público, que deveria promover o desenvolvimento dos seus funcionários e da sociedade, esteja entre os que mais comete essa prática”, avalia Joey de Farias. A pauta de negociações específicas do BB na Campanha Nacional 2015, que inclui justamente o fim do assédio moral e das metas abusivas, pouco tem avançado.