O senador Lasier Martins (PSD-RS) disse que votará contra as reformas da Previdência e Trabalhista, durante reunião com a CUT-RS e centrais sindicais na manhã da última segunda-feira (19), no escritório político do parlamentar, no centro de Porto Alegre. Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, CGTB, Nova Central, UGT e Intersindical. Eles mostraram ao senador os retrocessos sem precedentes que representam essas reformas do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) para a classe trabalhadora, caso venham a ser aprovadas no Congresso Nacional.
“Consideramos importante a manifestação contrária às reformas por parte do Lasier, uma vez que o senador ainda não tinha assumido um compromisso anteriormente nesse sentido”, afirmou o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel. “Agora precisamos obter um posicionamento igualmente contra essas reformas por parte da senadora Ana Amélia. As centrais já solicitaram uma audiência com ela, mas nenhum diálogo ainda foi agendado até o momento”, acrescentou o dirigente da CUT-RS.
O objetivo das centrais, segundo Antônio, “é garantir que Lasier e Ana Amélia se unam ao senador Paulo Paim (PT-RS), que está na linha de frente da luta contra essas reformas no Congresso. Assim os três gaúchos no Senado votarão contra esses retrocessos”.
Nenhum direito a menos
“A reforma Trabalhista rasga os direitos trabalhistas garantidos na CLT, enfraquecem a atuação do movimento sindical e desmontam a Justiça do Trabalho, deixando a classe trabalhadora sem proteção diante da busca insaciável das empresas por lucros cada vez maiores”, destacou Antônio. O dirigente da CUT-RS enfatiza que a reforma Trabalhista, em tramitação acelerada no Senado, irá piorar a qualidade do emprego com as formas precárias de contratação (negociado sobre legislado, terceirização, jornada intermitente e pejotização, dentre outros pontos), além de prejudicar as condições de saúde, segurança e trabalho.
“Imagine só a jornada podendo ser de 12 horas diárias e com intervalo de meia hora para almoço. Os trabalhadores perderão direitos conquistados com muita luta ao longo da história, o que viola inclusive convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que o Brasil é signatário”, explicou Antônio. “Temos hoje cerca de 14 milhões de desempregados, que serão as primeiras vítimas desse projeto perverso, se for aprovado, com redução de salários e direitos, além de queda na arrecadação do INSS”, destacou. “Ao invés de acabar com a aposentadoria e a CLT, o caminho é a retomada do investimento para o país voltar a crescer para gerar empregos e renda e aquecer a economia. Os trabalhadores não podem pagar o pato”, concluiu Antônio.
FONTE: CUT-RS
FOTO: ilustrativa