Nesta quinta-feira, 17, o Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e Região reintegrou mais um bancário, desta vez do banco Santander. A reintegração aconteceu após decisão do TRT, que ordenou imediato retorno do bancário Alex França à agência.
Mesmo após 30 anos atuando no Santander, Alex foi afastado para “investigação de falta grave”. Desta forma, o bancário estava desde março sem salário, ou seja: sem o sustento de sua família. A Justiça entendeu que não houve falta grave que justificasse a demissão ou afastamento, e reintegrou o bancário.
“Não importa uma vida inteira de dedicação, de todo o lucro que gerou nas últimas três décadas. Após adquirir lesões gravíssimas, em função do trabalho, nosso colega se tornou uma peça que não serve mais na engrenagem para eles. É essa a ética do Santander: tirar tudo que pode do seu empregado, adoecê-lo e descartá-lo assim que ele quebrar. Como uma peça a ser trocada”, declarou o dirigente sindical Joey de Farias. “Nesse sentido para o banco vale tudo: adoecer, moer, sugar, terceirizar, demitir, humilhar e muito mais. Se deixássemos, colocariam como instrumento no meio dos locais de trabalho um tronco. Toda vez que conseguimos, seja através de ação direta do sindicato ou com ajuda da justiça do trabalho, cancelar os abusos dos bancos é motivo de comemoração. É um tijolinho a mais na tão suada construção de um mundo melhor. Que valorize as pessoas, mais justo, que inverta as prioridades: o lucro não pode ser mais importante que a qualidade de vida. Não há dúvidas que temos que ter resultados, mas não a custa do que presenciamos no dia a dia das agências.
Alex, após meses sem rendimentos, comemorou muito o retorno. “O banco nos testa até nossos limites. Além das doenças que adquirimos em tantos anos de trabalho, não tem como calcular o dano que eles causaram a mim e a minha família. Tirar os rendimentos de uma família é algo desumano. Graças ao apoio do Sindicato, eu e minha família podemos enfim dormir em paz”, celebrou. “Tenho certeza que, se não fizesse parte do Sindicato, seria demitido sumariamente. Nós que apontamos as injustiças cometidas pelo banco, que mostramos as fraudes que acontecem, acabamos sendo visados. É o preço que pagamos por lutar por nós e nossos colegas”, pontuou.
