Contra o assédio moral, Sindicato paralisa agências do BB em Novo Hamburgo

8 de setembro de 2016

Gerências do banco público ameaçam funcionários que aderirem à greve nacional da categoria com descomissionamento e estagnação profissional.

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As gerências de duas agências hamburguenses do Banco Brasil não puderam exercer o assédio moral que têm praticado sobre os funcionários nesta quinta-feira, dia 08. Pelo menos não pessoalmente. Isso porque o Sindicato dos Bancários e Financiários de Novo Hamburgo e Região, amparado pelo direito de greve, paralisou as agências que ficam em frente à Praça XX, no Centro, em reação às ameaças feitas as trabalhadores que aderirem ao movimento (foto).

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Os abusos cometidos pelas gerências do BB são denunciados pela entidade sindical desde o início da semana. Em reunião na véspera do início da greve aprovada pela categoria em todo o Brasil, os trabalhadores foram ameaçados de descomissionamento e estagnação na ascensão profissional caso aderissem à paralisação, prática que afronta gravemente a legislação brasileira. “Fizemos a denúncia aos órgãos responsáveis e não vamos arrefecer enquanto os abusos não cessarem”, garante Everson Gross, coordenador da Secretaria de Organização e Política Sindical.

A greve começou no dia 06 de setembro, depois da rejeição, em assembleias, da primeira proposta econômica oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil, oferta que não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto, representando perdas de 2,8% no bolso dos trabalhadores.

A paralisação das agências do BB contou a participação do Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo, em manifestação de solidariedade de classe.

DIREITO DE GREVE – O direito de greve está estabelecido no Art. 9º da Constituição Republicana de 1988. A Lei 7.783 de 1989, que, por sua vez, regulamenta os direitos de greve e proíbe práticas atentatórias dos empregadores contra os empregados participantes do movimento paredista – vide principalmente os Art. 7º e 8º da referida Lei, que veda a despedida.

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Diálogo

Everson Gross destaca a disposição ao debate por parte dos trabalhadores, que não é recíproca. “A greve é um recurso radical nas negociações. Tentamos sempre uma saída consensual. Mas a intransigência dos bancos nos empurra para a paralisação”, explica o sindicalista, na foto acima durante diálogo que ocorreu durante a ação no Banco do Brasil. “A população tem revelado uma compreensão importante da nossa luta.”

FOTOS: Juliana Hoch/Versão Final Comunicação

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Rua João Antônio da Silveira, 885, Centro, Novo Hamburgo

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