Bancários e bancárias aprovam acordo

1 de setembro de 2020

Nos dias 30 e 31, os bancários e bancárias de Novo Hamburgo e Região votaram virtualmente pela aprovação ou não do acordo coletivo com a Fenaban. Ao todo, foram 428 votantes, com 88,71% dos votos para SIM ao acordo, 9,68% para NÃO e 1,61% de abstenções. O acordo será de dois anos: garante, este ano, 1,5% de reajuste nos salários, mais abono de R$ 2 mil para todos, e reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nas demais verbas como VA e VR, bem como nos valores fixos da PLR. E para 2021, prevê 0,5% de aumento real para salários e demais verbas. Além disso, todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram mantidas.

Os bancários e bancárias do Banrisul aprovaram o acordo com 95,31% dos 65 votantes, com 4,69% votando NÃO. No Banco do Brasil foram 207 votantes, com 93,15% para SIM e 5,48% para NÃO. Já na Caixa, foram 236 votos, com 73,73% votos SIM, 19,49% NÃO e 6,78% de abstenções.

Veja os principais pontos do acordo e em quais os bancos retrocederam:

– Manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos

Proposta inicial: Fenaban queria retirar direitos da CCT, como a 13ª cesta alimentação, e queria mudar as regras da PLR, rebaixando seus valores.

Após negociação: Mantidos todos os direito previstos na CCT, em acordo de dois anos (2020/2021)

– Reajuste de 1,5% + abono de R$ 2 mil; aumento de real em 2021

Proposta inicial: Fenaban insistia em reajuste ZERO

Após negociação: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos, em 2020. Isso garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). Para 2021: aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche, e para valores fixos e tetos da PLR.

– VA, VR e auxílio-creche

Proposta inicial: Fenaban propôs reajuste ZERO para VA, VR e auxílio-creche.

Após negociação: este ano, VA, VR e auxílio-creche serão reajustados pela inflação (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: VA, VR e auxílio-creche terão reposição da inflação do período + aumento real de 0,5%.

– 13ª cesta alimentação

Proposta inicial: Fenaban queria extinguir a 13ª cesta alimentação.

Após negociação: Mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação em 2021 (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) + aumento real de 0,5%.

– PLR

Propostas iniciais: Fenaban apresentou 3 propostas que reduziam a PLR dos bancários em até 48%

Após negociação: Mantida PLR como está na CCT, e com reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nos valores fixos e tetos. Para 2021: valores fixos e tetos com aumento real de 0,5%.

– Home office

Proposta inicial: Fenaban se recusou a negociar cláusula para melhorar condições de trabalho no home office.

Após negociação: Bancos se comprometeram em manter o home office até o final da pandemia. A Fenaban não concordou em colocar no acordo cláusulas sobre o controle da jornada de trabalho, sobre o ressarcimento de custos e a disponibilização da mobília adequada ao home office. Mas, mesmo sem um acordo geral sobre o tema, o Comando Nacional saiu com a sinalização de acordos específicos com alguns bancos.

– Contribuição negocial

Foi mantida a contribuição negocial de 1,5% do salário, com mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 250, e 1,5% da PLR, com teto de R$ 210. A contribuição negocial, essencial para que os sindicatos possam fazer a luta, já havia sido aprovada pelos bancários nas conferência estadual e nacional e em assembleia do Sindicato.

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Revista ContraOrdem

EDIÇÃO 1
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