Movimento cresceu ao longo da semana e atingiu 937 unidades na sexta-feira
A greve dos bancários encerrou a primeira semana com 937 unidades paralisadas no Rio Grande do Sul. O movimento abrange todas as 38 bases sindicais do Estado e de acordo com os números contabilizados pela Fetrafi-RS na sexta-feira, dia 09, 535 agências e postos de atendimento não abriram no Interior, enquanto outros 402 também ficaram fechados na Capital e Região Metropolitana. No gráfico abaixo, confira a ampliação dos números da greve registrada ao longo da semana.
“A greve dos bancários deste ano atinge números muito expressivos logo na primeira semana. Os sindicatos preparam a organização do movimento para a próxima semana, mobilizando os trabalhadores através de piquetes, caravanas e reuniões nos locais de trabalho. Precisamos continua mostrando força para pressionar os banqueiros à apresentação de uma nova proposta”, analisa o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional, Juberlei Baes Bacelo.
Apoio da CUT/RS – Na quinta-feira (08), o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo divulgou nota de apoio à greve dos bancários. O dirigente sindical destacou que os bancos não enfrentam crise alguma no Brasil e têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores. Nespolo também enfatizou a alta lucratividade do setor financeiro no primeiro semestre do ano. “Boa parte desses lucros foi obtido na base do corte de empregos, da rotatividade, da terceirização e da precarização do trabalho. Outra parte foi resultado da gestão desumana dos bancos, através da cobrança de metas abusivas e do assédio moral, o que tem trazido estresse, uso de remédios tarja preta, adoecimento e muitos afastamentos de bancários”, lembrou o presidente da Central.
Confira as reivindicações dos bancários:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
FONTE: Comunicação/Fetrafi-RS
FOTO: ilustrativa