Banqueiros não assinam ultratividade: Nossos direitos podem ser extinguidos

13 de julho de 2018

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A segunda rodada de negociação entre os representantes dos bancários e da Fenaban foi realizada em São Paulo, ontem, quinta-feira (12). Mesmo com o Comando Nacional dos Bancários ter reiterado a importância do pré-acordo para manter a validade dos direitos da categoria, os bancos se negaram a assinar a ultratividade desses direitos.

Caso os bancos neguem a ultratividade, todos os direitos adquiridos estão em risco, como Vale-Alimentação, Auxílo-Creche, Recebimento de Horas Extras, Licença-Maternidade de 180 dias, Licença-Paternidade de 20 dias, PLR, Vale-Refeição, além de garantia de transferência do bancário de agência em caso de sequestro, atendimento psicológico pós-assalto, etc. Também foi conquista dos Sindicatos a complementação para bancários afastados por doença ou acidente, o aditivo de combate ao assédio moral, e a extensão de direitos aos casais homoafetivos.

Ou seja: Podemos perder tudo o que foi conquistado pela categoria ao longo de muitos anos de lutas e reivindicações.

Por outro lado, os bancos aceitaram o calendário proposto pelo Comando Nacional dos Bancários, com o compromisso de apresentar uma proposta final para os trabalhadores até 1º de agosto. “O Comando também quer resolver a campanha na mesa de negociação. Os bancos estão lucrando como sempre, mesmo em plena crise. Ou seja, podem realmente fechar o acordo logo, sem colocar em risco os direitos dos bancários. Isso não aceitaremos”, reforçou Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando.

Calendário de negociações fechado

O calendário proposto pelos representantes dos trabalhadores também foi aceito pelos negociadores dos bancos. A próxima rodada será realizada em 19 de julho, sobre o tema saúde e condições de trabalho. “Os bancários estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho. Muitos estão aposentados por invalidez sendo obrigados a voltar para os locais de trabalho sem condições físicas e psicológicas para isso. Há muitos municípios do país que não estão recebendo numerário. E são os trabalhadores, na linha de frente, que sofrem com a pressão e a insatisfação dos clientes. São questões que queremos debater e ver solucionadas”, ressaltou Juvandia.

No dia 25, a pauta será emprego. As cláusulas econômicas serão debatidas em 1º de agosto, quando a Fenaban ficou de apresentar uma proposta global para ser apresentada aos bancários em assembleia.

Mais que necessário é a união!

Os bancários devem se manter atentos e mobilizados, participando de todos os atos promovidos pelos sindicatos e federações em defesa dos direitos, dos empregos, dos bancos públicos. Estamos vivendo em um país tomado por um golpe contra a classe trabalhadora. Toda atenção nessa Campanha Nacional Unificada é necessária. Informem-se pelos veículos de comunicação da das entidades sindicais e pela imprensa dos trabalhadores, como a Rede Brasil Atual, TVT e todos os meios de comunicação comprometidos com os trabalhadores.

Alex Glaser

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